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Everest Base Camp - Antes de ir

Informações úteis antes de embarcar nessa aventura

bicicletas inverno

Nesse post vou compartilhar com vocês algumas informações que eu acho importante vocês terem antes de partir para essa aventura.

Eu fiz essa trilha de 15 dias em novembro de 2019 e foi uma das experiências mais incríveis da minha vida.

Nesse post eu vou apenas relatar a minha experiência e, quem sabe, te inspirar para viver isso também! Mas existem mil formas de realizar esse trajeto, então é legal pesquisar e contar com a ajuda de profissionais experientes.


*Algumas informações importantes serão reforçadas no post do roteiro.

ENTENDENDO O EBC


Para chegar até o Base Camp é preciso caminhar bastante e em altitude. A trilha não é técnica e não possui trechos de escalada com equipamentos. O que a torna desafiadora são os muitos dias de caminhada (com infinitas subidas e descidas) e a altitude, que trás diversos efeitos no corpo humano.

São várias opções de rotas passando por diferentes povoados, por isso recomendo que você ou vá com um guia (existem infinitas empresas que oferecem esse serviço, particular ou em grupo) ou estude bastante as rotas e mapas da região.

Eu fui com um grupo organizado pela minha amiga e agente de viagens, Patchinpixels. Ela que contratou a agencia local que tomou conta dos detalhes da viagem e juntos eles elaboraram o roteiro que vou compartilhar com vocês.

Nosso grupo era formado por 8 brasileiros (incluindo ela), o nosso guia maravilhoso, Nara, um assistente de guia e 4 porters.


O Base Camp 1 é o lugar mais longe que se chega sem ajuda de equipamentos de escalada, e onde os alpinistas começam a verdadeira jornada para escalar o Everest, montanha mais alta do mundo (depois dele ainda existem outros 4 base camps).

Ele fica localizado a 5.364 metros de altitude.


Essa trilha é considerada uma das mais bonitas do mundo e eu não posso discordar. São dias e dias de paisagens exuberantes.


ONDE DORMIR E COMER


Para dormir existem as teahouses, que são estabelecimentos simples, onde você passa a noite e são nelas mesmas que você normalmente janta e toma café da manhã. Elas são num geral bem parecidas, algumas mais equipadas, outras mais simples (quanto mais distante e mais alto, mais rústicas vão sendo as teahouses).

Os quartos geralmente são bem simples e compostos de duas camas de solteiro, com roupa de cama e cobertas, mas é importante ter um saco de dormir para temperaturas baixas. Nos vilarejos acima de 4.000m nossa agência disponibilizava bolsas de água quente para ajudar a esquentar, e também é possível comprar água quente nos lodges e colocar numa garrafa para dormir com ela dentro do saco de dormir.

É normal sentir algum desconforto e até falta de ar na hora de dormir, por conta da altitude.


Também é possível almoçar em teahouses pelo caminho, caso você queira. Nos primeiros dias, têm mais opções e mais vilarejos.

Nessas teahouses tem banheiro e as privadas e banhos também vão ficando cada vez precários conforme vamos subindo.

A quantidade de banho que você vai tomar ao longo da trilha vai depender da sua disposição de encarar banhos que nem sempre são quentes ou da temperatura exterior, pois em certo ponto a água encanada começa a congelar e não tem como ter banho.

Vale lembrar também que os banhos são pagos e vão ficando mais caros ao longo do caminho.


O que também varia de acordo com a altitude são os preços e a variedade dos serviços e produtos/ comidas. Quanto mais remoto, menos variedade nos cardápios (mas sempre tem Momo e Dhal Bat, os pratos típicos da região) e mais caros são os pratos, pois mais complicado é levar alimentos e infraestrutura até esses locais.

Para carregar baterias é a mesma lógica, o preço varia de acordo com os vilarejos e quanto mais remoto mais caro. Uma dica é levar Power Bank para economizar.


Eu, particularmente, não achei a trilha muito difícil, mas contei com a ajuda de porters e estava com um grupo de pessoas incríveis. Todos lidaram super bem com a altitude e o clima do grupo fez os dias parecerem mais leves.

São muitas subidas e descidas todos os dias, mesmo na volta, mas senti que o corpo foi se acostumando as muitas horas de caminhada diárias.

Na minha opinião, trilhas longas trabalham muito o nosso mental e é importante ter foco e o pensamento direcionado a realizá-las. Claro que é importante ter certo preparo físico e auto conhecimento para entender os limites do seu corpo, mas a maneira como você encara esse tipo de trilha está muito no mental.

Os dias que eu achei mais desafiadores e mais me cansei foram justamente os dias em que as trilhas de subida íngrime eram opcionais e acho que isso diz muito. Nesses pontos eu permiti me questionar e cogitar desistir, o que acabou de deixando mais cansada.


Quem não quer ou não consegue carregar toda a sua bagagem pode contratar o serviço de porters (os sherpas), que levam suas coisas de um vilarejo para o próximo, dessa forma você só precisa carregar aquilo que for usar durante o dia (câmera, casaco, luvas, etc).

As agências normalmente organizam isso para você, mas vale lembrar de separar um dinheiro para gorjeta, que é a base mais importante do salário dessas pessoas que são fundamentais na dinâmica do EBC.

São os porters que carregam a maioria da comida e estrutura que existe no trajeto, é chocante de ver a força deles.


PREPARO FÍSICO E SAÚDE


Eu, particularmente, não fiz nenhum treinamento específico para o tracking do EBC e essa foi a minha primeira trilha de longa duração, mas é muito importante que você conheça o seu corpo e o seus limites antes de ir.

Eu já havia feito trilhas em altitude superior ao EBC e meu corpo tinha reagido bem e eu estava ativa nos meses anteriores a viagem, mas se você estiver se sentindo inseguro(a), acho legal buscar orientações de profissionais.


Outra coisa importante antes de ir é garantir um seguro de saúde que inclua resgate de helicóptero, pois se você se sentir mal ou tiver algum acidente depois de certa altitude, só é possível retornar dessa maneira.



EQUIMAMENTOS


Também é importante levar roupas e equipamentos adequados para trilhas longas e baixa temperatura.

Nós demos muita sorte com o tempo, pegamos dias lindos de sol e nos primeiros dias fiz a trilha de blusa de manga curta. A menor temperatura que pegamos foi -15º C a noite.

Mas o clima de montanha é bem instável e imprevisível, então é bom ir preparado e se vestir em camadas.


Para uma lista mais completa de roupas e outros itens essenciais eu preparei esse post AQUI.


CHEGANDO LÁ

A trilha começa no vilarejo de Lukla, onde se encontra o menor, e um dos mais perigosos, aeroporto do mundo. Só o vôo até lá já proporciona vistas de tirar o fôlego dos Himalayas além de bastante emoção e adrenalina.

Antigamente o vôo partia de Katmandu e durava 30 minutos, mas a partir de 2019 mudaram as normas e a maioria dos vôos saem de um vilarejo chamado Rammechap, e dura cerca de 15 minutos.

Casa grafite

Como a pista é muito pequena, as condições do tempo precisam estar boas para voar, então é muito comum atrasos e vôos cancelados.

Os vôos de manhã cedo tem menos chances de sofrer esse tipo de problema, mas é normalmente deixa-se 1 ou 2 dias de folga no planejamento dos dias para eventuais atrasos na ida ou na volta.

porto nyhavn
 

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